terça-feira, 8 de setembro de 2009

“É preciso rescimentar a Frente Popular do Acre”


A frase engenhosa dita pelo deputado comunista, Edvaldo Magalhães ontem (07), no Seminário do PC do B realizado na cidade de Senador Guiomard, vem pautando os encontros do partido que durante o feriado prolongado percorreu ainda as cidades de Jordão, Marechal Thaumaturgo, Feijó e Tarauacá.

Na prática os comunistas realizam internamente aquilo que desejam para o novo formato da Frente Popular do Acre. Pelo menos foi isso que deixou bem claro o deputado estadual Edvaldo Magalhães em mais de 40 minutos de discurso durante o seminário na Terra do Amendoim.

"A Frente Popular precisa ser repactuada com um movimento político rescimentado e um pensamento de fraternidade, solidariedade entre os partidos com a defesa da mesma causa, o mesmo propósito", disse Magalhães.

Mais de 1.200 lideranças participaram dos seminários realizados no interior do Estado em preparação para a Conferência Estadual que acontece nos dias 26 e 27 de setembro em Rio Branco.

"Estamos reaglutinando nossa sigla, construindo um poderoso exército para as eleições de 2010", complementou o deputado Moisés Diniz que acompanhou a caravana formada ainda pela deputada federal Perpétua Almeida.

Na nova engenharia do partido está a ampliação de candidaturas a deputado estadual em chapa que poderá ser formada por 36 candidatos em todo o Estado.

Mas além do dever de casa, o partido, segundo o deputado Moisés Diniz está dando uma "olhada rigorosa e carinhosa" no cenário político do Acre. Diniz quer um PC do B sem muros e comprometido com a chapa que deve indicar o senador Tião Viana para o governo e Jorge Viana para o senado.

Quanto à segunda vaga majoritária, a ordem é discutir amplamente os nomes com a sociedade. Para Magalhães, antes de a Frente Popular pedir o quarto mandato "deve primeiro dizer por que quer governar o Acre por mais tempo".

E se depender da deputada federal Perpétua Almeida, a prioridade que será exigida ao governo e ao presidente Lula é a estruturação do setor de produção agrícola. Para uma platéia formada em sua maioria por comunidade rural, a deputada lembrou de sua adesão no comunismo.

"Nem a Justiça e nem o Ibama devem continuar metendo o chicote no homem do campo. Ou o governo vence essa batalha e permite o pequeno produtor queimar ou levanta recursos para colocar máquinas no Estado inteiro. Melhorar a vida de todos é o lema da nossa sigla partidária", disse a deputada.

A conferência realizada em Senador Guiomard referendou por unanimidade o nome da geógrafa especialista em gestão e planejamento escolar, professora Edir Ione, como nova presidente do partido comunista.

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