"A tecnologia digital é a arte de criar necessidades desnecessárias que se tornam absolutamente imprescindíveis." (Joelmir Beting)
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Em certos momentos precisamos pensar rápido para alcançar nossos objetivos. De autor incerto ou desconhecido trago no coração uma história velha, sempre nova, que me ajuda a sobreviver aos golpes desvairados e traiçoeiros desferidos por pessoas que Rui Barbosa rotularia como o "pior dos indigentes".
Conta a história e exatamente assim, que um jovem piloto inglês experimentava um avião monomotor muito frágil, uma daquelas sucatas usadas na Segunda Guerra, mas que ainda tinha condições de voar. Ao decolar, ouviu um ruído vindo debaixo de seu acento. Era um rato que roía uma das mangueiras que dava sustentação para o avião permanecer nas alturas. Preocupado, pensou em retornar para a pista de pouso com a finalidade de se livrar do seu incômodo e perigoso "passageiro".
Lembrou-se, no entanto, que devido à altura o rato logo morreria sufocado. Então voou cada vez mais e mais alto e notou que cessaram os ruídos que estavam colocando em risco sua viagem, conseguindo, assim, continuar sua arrojada aventura - e que era o grande sonho da sua vida.
Essa história nos oferece uma grande lição de vida. Se alguém lhe ameaçar, voe cada vez mais alto... Se alguém lhe criticar, voe cada vez mais alto... Se alguém tentar lhe destruir por inveja ou intrigas, voe cada vez mais alto... E, por fim, se alguém lhe cometer uma injustiça, voe cada vez mais alto...
Sabe porque? Os ameaçadores, críticos, invejosos e injustos são como "ratos", não resistem às grandes alturas.
Esse sábio ensinamento nos permite pensar em vôos mais altos e que possam nos distanciar dos golpes que sofremos. Se alguém lhe arremessou os dardos da hipocrisia, das ofensas sem fundamento, da desforra, do despeito, voe absolutamente mais alto. Voe cada vez mais alto, ultrapasse a lua, tente alcançar as estrelas se a sua dor nasceu de um amor que recuou nos seus sentimentos. Gelou sua paixão. Apagou suas esperanças.
Voe mais alto, entre nas estradas coloridas do arco-íris, inunde-se das poesias de suas cores se lhe parece cinza o mundo rés ao chão. Roube um pedaço de nuvem, siga o efêmero risco de uma estrela cadente. Voe infinitamente mais alto se acha que o mundo lhe desprezou, que o destino lhe traiu. Dê asas à sua imaginação e olhe de cima o chão de fogo que a ingratidão do tempo insiste em lhe oferecer.
Seja audaz para fugir das rasteiras que o cotidiano teima em lhe aplicar a cada novo passo dado. Voe sem cessar. Imite os pássaros nas suas tarefas diárias. Olhe bem do alto as planícies verdejantes. Se extasie com o dançar dos girassóis, com as festas da paz que fazem os lírios nos campos, veja de perto o berço das chuvas, o parto de muitas alvoradas, as paredes rubras do sol poente.
Voe cada vez mais alto, fantásticamente mais alto, flutue entre os astros, siga suas luzes miraculosas. Respire o hálito de Deus se lhe fere a alma a dor de uma perda. Tente, voando o mais alto que puder, rasgar o ventre do firmamento e sentir o perfume do infinito. Voe nas asas dos segredos e dos mistérios divinos. Voe o mais alto que possa e, arranhando os céus, talvez você consiga sentir o início da vida, ver a floração da sua própria alma e do coração.
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