quinta-feira, 4 de março de 2010

Binho implanta ProAcre na comunidade Vitória



Vila de Porto Walter recebe governador para celebrar convênios e ações que somam R$1,1 milhão em saúde, produção rural e educação.
O governador Binho Marques implantou neste domingo, o Programa de Inclusão Social e Desenvolvimento Econômico Sustentável do Acre (ProAcre) na comunidade Vitória, no município de Porto Walter. Na mesma cerimônia foram firmados convênios e ações que somam R$ 1.107.000,00 de investimentos em saúde, educação e produção rural em Vitória, comunidade-polo onde vivem 75 famílias às margens do rio Juruá.

Estiveram presentes o vice-governador, César Messias; o deputado estadual Thaumaturgo Lima; o prefeito de Porto Walter, Neuzari Pinheiro; o ex-prefeito de Marechal Thaumaturgo, Itamar de Sá, que representou a deputada Perpétua de Sá; e os secretários de Estado da Saúde, Osvaldo Leal, Maria Corrêa (Educação) e Aníbal Diniz (Comunicação).

"Vocês não imaginam a alegria que é estar com vocês", disse o governador à multidão que se reuniu no centro comunitário da vila. "O que estamos fazendo aqui não é novidade para este grupo do governo. Esta é a nossa causa, o nosso sonho. O ProAcre é algo que a gente carrega há muito tempo no coração", completou Binho Marques, ao condenar os críticos do programa que é a maior ação de inclusão socioeconômica em comunidades de difícil acesso.

Pelo menos 600 pessoas moradoras das comunidades Nova Vida, Ouro Preto, Possaide, Natal, Redenção e Viseu, participaram do evento que reuniu ainda lideranças políticas e comunitárias da região. O ProAcre é o eixo dos investimentos que o Governo busca para fazer do Acre o melhor lugar para se viver na Amazônia levando serviços básicos e estruturantes às Zonas de Atendimento Prioritário (ZAPs) nas comunidades mais distantes. Vitória recebeu, pela primeira vez em sua história, a visita de um governador.

O ProAcre tem previsão de duração de seis anos com investimentos de US$ 150 milhões, sendo que US$ 120 milhões são recursos do Banco Mundial e US$ 30 milhões são a contrapartida do Governo do Estado. Ao seu final, será continuado pelas prefeituras com recursos dos programas federais.

Elaborado com base nos estudos e recomendações do Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado, o ProAcre já começou a melhorar a qualidade de vida das comunidades, especialmente aquelas localizadas em zonas com maior urgência de atenção quanto ao acesso a serviços básicos e ordenamento ou adequação para o desenvolvimento sustentável.

Para que o planejamento se efetive e as ZAPs recebam a atenção necessária, o Governo dividiu as comunidades por localização, população, nível de organização e outros itens. Criaram-se então dentro do conceito de ZAP as Comunidades de Atendimento Universal (CAU), cuja característica é a baixa densidade populacional, compostas em geral por uma a cinco famílias, as quais estão ligadas às Comunidade de Atendimento Prioritário (CAP), estas maiores e mais povoadas, mantendo entre seis e trinta famílias. As CAPs por sua vez estão vinculadas às Comunidades Polo, ligadas às Zonas Especiais de Desenvolvimento (ZEDs). "Para nós este é um momento de grande alegria. Este gesto do governador Binho Marques é de um cidadão, pessoa humana que respeita o mais necessitado", afirmou Neuzari Pinheiro.

"O que estamos fazendo aqui não é novidade para este grupo do governo. Esta é a nossa causa, o nosso sonho. O ProAcre é algo que a gente carrega há muito tempo no coração."
Binho Marques, governador

Central de Atendimento ao Cidadão nas comunidades distantes

Além de Vitória, o ProAcre instituiu novas COPs: Grajaú e Estirão Azul, que também receberão os mesmos serviços que até pouco tempo as pessoas tinham de recorrer às cidades para tê-los. A Diretoria OCA está realizando emissão de documentos como carteira de identidade, certidão de nascimento, titulo de eleitor e outros.

O ProAcre atua em várias frentes, principalmente em saúde, educação e produção. As atividades do projeto estão organizadas de acordo com o tipo de ação: provisão de serviços básicos, segurança alimentar e ampliação e modernização dos serviços para o desenvolvimento sócioeconômico sustentável e fortalecimento institucional. As Comunidades de Atendimento Universal são comunidades com até 25 moradores cujas famílias estão dispersas umas das outras. Nas CAPs vivem entre 26 e 150 pessoas, com nível médio de organização e as casas são menos isoladas umas das outras. Nas Comunidades Polo, considera-se alto o nível de organização comunitária e ali vivem acima de 150 moradores.

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