No dia 22 de dezembro de 1988 chegava ao fim a vida de um homem simples da floresta, que ganhou o Brasil e o mundo em sua defesa pela preservação da Amazônia. Francisco Alves Mendes Filho, o Chico Mendes, teve sua vida ceifada a mando de fazendeiros e madeireiros que estavam ficando incomodados com os famosos “empates” – corrente humana formada por seringueiros que impedia o avanço de tratores e motosserras dentro da mata.Assim, Chico Mendes chamou a atenção do mundo sobre a ação devastadora dos madeireiros. Junto com outros esquerdistas da época, Chico Mendes organizou a criação do Partido dos Trabalhadores no Acre. Chico teve o apoio do até então insignificante sindicalista e presidente do PT, Luis Inácio Lula da Silva – hoje o chefe do País.O PT então decidiu abraçar a causa de Chico Mendes, o desenvolvimento sustentável com a criação das reservas extrativistas, e adotá-la como política de governo em 1999, quando Jorge Viana assumiu o poder no Acre.No ano que se lembra os 20 anos da morte do líder seringueiro, este mesmo Partido dos Trabalhadores que criou a tal “florestania” joga toda a luta de Chico Mendes, literalmente, na lata do lixo. A festa do PT para receber o apoio de madeireiros é simplesmente vergonhosa e digna de todo repúdio por parte dos petistas que não possuem cargo-comissionado para carregar a estrela vermelha e que ainda acreditam na ideologia do partido.Este apoio dos madeireiros que o candidato Raimundo Angelim recebeu na sexta-feira, nada mais é uma prova do fisiologismo em que está o Partido dos Trabalhadores hoje no Acre e no Brasil. Chico Mendes deve ter se retorcido em sua tumba ao ver petistas e devastadores da floresta abraçados e mais amigos do que nunca.Agora sim está explicado a razão por que se vê tantos caminhões carregados de tora de madeira cruzando as noites de Rio Branco e as estradas acreanas. Basta andar um pouco pela escuridão do Anel Viário para se ver caminhões e mais caminhões transportando, sabe-se lá com as ATPF (Autorização de Transporte de Produto Florestal), árvores centenárias da Amazônia que foram arrancadas.
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